Contos fantásticos
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Contos fantásticos
Contos fantásticos fascinam leitores de todas as épocas. Representam a Literatura Fantástica desde os primeiros passos até o momento presente, em que a internet, além de comprovar o aumento das produções contemporâneas, proporciona uma boa divulgação do gênero.
Este espaço é para divulgação sobre as obras mais importantes, resenhas, comentários e dicas de leitura sobre o universo fantástico nos contos.
Este espaço é para divulgação sobre as obras mais importantes, resenhas, comentários e dicas de leitura sobre o universo fantástico nos contos.
Re: Contos fantásticos
Bem que gostaria de iniciar o tópico com um clássico, mas uma leitura recente chamou minha atençao. Uma amiga, sabendo do meu gosto pelo fantástico, trouxe-me esses dias a cópia (é.. eu sei, cópia, rs) de um conto da Lygia Fagundes Telles, chamado "As Formigas" Uma narrativa interessante. Não sei se a autora possui outras obras no mesmo estilo, preciso pesquisar!
Este conto mostra a mudança de duas estudantes para uma pensão algo decadente. Até então, tudo bem, a surpresa está por conta de um caixão contendo os ossos de um anão e formigas, muitas formigas.
Apesar de sentir falta de um clima mais denso, digamos assim, gostei da leitura e recomendo para quem tem interesse em conhecer um pouco mais da produção brasileira no gênero. Fiquei um tanto intrigada com a personificação da casa, quase quase assustadora ao primeiro e último olhar, e a sugestão narrativa que brinca entre os opostos: do sonho a realidade.
Este conto mostra a mudança de duas estudantes para uma pensão algo decadente. Até então, tudo bem, a surpresa está por conta de um caixão contendo os ossos de um anão e formigas, muitas formigas.
Apesar de sentir falta de um clima mais denso, digamos assim, gostei da leitura e recomendo para quem tem interesse em conhecer um pouco mais da produção brasileira no gênero. Fiquei um tanto intrigada com a personificação da casa, quase quase assustadora ao primeiro e último olhar, e a sugestão narrativa que brinca entre os opostos: do sonho a realidade.
Re: Contos fantásticos
A coisa maldita - Ambrose Bierce
Ambrose Bierce é um mestre da narrativa sombria, a angústia e o medo vão sendo tecidas em seus textos de uma forma surpreendente. Entre as poucas obras do autor que já tive oportunidade de conhecer, li A coisa maldita sem conseguir parar um segundo.
É uma narrativa de terror densa, intensa no medo, nas sugestões e crueza de alguns fatos. Bierce vai da fina ironia ao mais profundo pavor. Neste conto, um fato que se destaca é a proximidade de “A coisa maldita” com o estilo lovecraftiano de escrita, principalmente com o magnífico A cor que veio do céu. Assim, ao que o homem não pode explicar e muitos preferem encobrir, (em nome da sanidade ou mesmo com a descrença típica de quem não viveu o medo em forma real) o literário desvenda e envolve. Os mistérios surgem e quando menos se espera, o pesadelo torna-se vivo.
É este pesadelo com que se defronta Willina Harker. O que o depoimento do jornalista poderia esclarecer sobre os fatos misteriosos ocorridos na pequena localidade? O testemunho do jovem, diante do cadáver de um homem obcecado, o diário com os últimos dias do falecido, lido por poucos, assim como as provas físicas do horror vivenciado seriam suficientes para provar que a única explicação possível seria a que romperia com toda lógica?
Com estes elementos narrativos, a questão de A coisa maldita ser realidade ou fantasia, pesadelo, ficção, insanidade pura e simples dilui-se perante a presença inefável do medo, da angustia e da narrativa envolvente. Para ser lido e relido!
Leia A Coisa Maldita em:
Os 100 Melhores Contos De Crime E Mistério Da Literatura Universal", (Org. Flávio Moreira da Costa);
Editora: EDIOURO
ISBN: 8500010835
ISBN-13: 9788500010835
Edição: 1ª EDICAO - 2002
Ambrose Bierce é um mestre da narrativa sombria, a angústia e o medo vão sendo tecidas em seus textos de uma forma surpreendente. Entre as poucas obras do autor que já tive oportunidade de conhecer, li A coisa maldita sem conseguir parar um segundo.
É uma narrativa de terror densa, intensa no medo, nas sugestões e crueza de alguns fatos. Bierce vai da fina ironia ao mais profundo pavor. Neste conto, um fato que se destaca é a proximidade de “A coisa maldita” com o estilo lovecraftiano de escrita, principalmente com o magnífico A cor que veio do céu. Assim, ao que o homem não pode explicar e muitos preferem encobrir, (em nome da sanidade ou mesmo com a descrença típica de quem não viveu o medo em forma real) o literário desvenda e envolve. Os mistérios surgem e quando menos se espera, o pesadelo torna-se vivo.
É este pesadelo com que se defronta Willina Harker. O que o depoimento do jornalista poderia esclarecer sobre os fatos misteriosos ocorridos na pequena localidade? O testemunho do jovem, diante do cadáver de um homem obcecado, o diário com os últimos dias do falecido, lido por poucos, assim como as provas físicas do horror vivenciado seriam suficientes para provar que a única explicação possível seria a que romperia com toda lógica?
Com estes elementos narrativos, a questão de A coisa maldita ser realidade ou fantasia, pesadelo, ficção, insanidade pura e simples dilui-se perante a presença inefável do medo, da angustia e da narrativa envolvente. Para ser lido e relido!
Leia A Coisa Maldita em:
Os 100 Melhores Contos De Crime E Mistério Da Literatura Universal", (Org. Flávio Moreira da Costa);
Editora: EDIOURO
ISBN: 8500010835
ISBN-13: 9788500010835
Edição: 1ª EDICAO - 2002
Última edição por Tânia Souza em Qua 29 Jul 2009 - 19:26, editado 1 vez(es)
Re: Contos fantásticos
Ainda dentro da ficção fantástica do Brasil, temos um miniconto muito interessante do escritor gaúcho, já falecido, chamado Paulo Corrêa Lopes. Ele nasceu no longínquo ano de 1898 em Itaqui - RS, faleceu em 57.
Na antologia "Os 100 Melhores Contos de Crime e Mistério da Literatura Universal", cujo organizador foi Flávio Moreira da Costa, tem a seguinte citação:
"Este escritor gaúcho, desconhecido hoje mesmo em seu estado, e que teve um conto seu de pouco mais de meia página como um dos destaques (segundo a crítica) de 'Os Cem Melhores Contos de Humor da Literatura Universal', volta a nos surpreender agora com um outro miniconto de mesma dimensão. Se seu 'História de uma Traça' (da antologia anterior) foi chamado de pós-kafkiano, este que vão ler pode ser considerado pré-borgiano: a idéia metafísica do Mesmo e do Outro (tão presente na obra do mestre argentino, e que na época certamente PCL desconhecia) está aqui em poucas e definitivas linhas. (O mais curioso é que Lopes, que foi sobretudo poeta, não escreveu mais de quatro ou cinco contos)"
-> Se os amigos esperarem um pouco, eu coloco aqui o texto para a apreciação geral. <-
E, aqui, um outro ocnto dele: "Um crime"
http://www.bestiario.com.br/5_arquivos/um%20crime.html
LNN
Na antologia "Os 100 Melhores Contos de Crime e Mistério da Literatura Universal", cujo organizador foi Flávio Moreira da Costa, tem a seguinte citação:
"Este escritor gaúcho, desconhecido hoje mesmo em seu estado, e que teve um conto seu de pouco mais de meia página como um dos destaques (segundo a crítica) de 'Os Cem Melhores Contos de Humor da Literatura Universal', volta a nos surpreender agora com um outro miniconto de mesma dimensão. Se seu 'História de uma Traça' (da antologia anterior) foi chamado de pós-kafkiano, este que vão ler pode ser considerado pré-borgiano: a idéia metafísica do Mesmo e do Outro (tão presente na obra do mestre argentino, e que na época certamente PCL desconhecia) está aqui em poucas e definitivas linhas. (O mais curioso é que Lopes, que foi sobretudo poeta, não escreveu mais de quatro ou cinco contos)"
-> Se os amigos esperarem um pouco, eu coloco aqui o texto para a apreciação geral. <-
E, aqui, um outro ocnto dele: "Um crime"
http://www.bestiario.com.br/5_arquivos/um%20crime.html
LNN
Re: Contos fantásticos
Um caso estranho
Paulo Corrêa Lopes
(1898 - 1957 | Brasil)
"
Não sei se no momento eu contemplava as águas da enchente ou se pensava em outras éocas, quando uma boca com dentes de outro me interrompeu:
- Tenho ordem de prendê-lo como envolvido no crime da mala.
- Que mala? - indaguei ainda surpreso, como alguém que acabasse de descer de Marte ou de outra região qualquer.
- Siga-me que na delegacia tudo será esclarecido.
Diante do tom autoritário com que a boca com dentes de outro me falava, resolvi seguir o investigador. Atravessamos uma rua deserta, cruzamos uma praça cheia de crianças brincando, desembocamos num largo e por fim entramos num prédio baixo com aspecto de casa de comércio.
Quando menos esperava, fui empurrado para dentro de uma sala escura onde o dekegado de plantão me recebeu com ar teatral:
- Então! Custou mas caiu nas mãos da justiça! Ninguém escapa da lei! Confesse, que é a única cousa inteligente que tem a fazer!
A princípio achei graça em tudo aquilo. Pensei mesmo que estava sendo vítima de uma brincadeira de mau gosto. Depois, diante da insistência do delegado, comecei a suar frio. Que sabia eu do crime da mala? É bem possível que alguém, parecido comigo, tivesse cometido o crime pelo qual me acusavam. Há tanta gente parecida no mundo. Ainda há tempos encontrei no bonde um cidadão tão parecido com Henry Fonda que fiquei abismado. Tinha até o jeito de sorrir do simpático artista. Por um pouco não chamei a atenção do cavalheiro para o fato. O próprio delegado, que me interrogava, tinha qualquer cousa de semelhante com o investigador que me havia dado voz de prisão. O verdadeiro culpado talvez se parecesse comigo. Não encontrava outra explicação para tudo aquilo. De súbito fui despertado pela boca com dentes de ouro, que me disse:
- Acompanhe-me.
Segui como um autômato o investigador que me fechounuma sala tão baixa que tive que me curvar para não bater com a cabeça no teto. Justamente no momento em que me curvei, dei com um morto estendido dentro de uma mala meio aberta. Recuei e fiz um grande esforço para não gritar. O morto parece que me acusava com os seus olhos parados, com os seus olhos que vinham de um outro mundo. Tive a impressão de que estava sendo vítima de uma alucinação. Os olhos do morto parece que se dilatavam cada vez mais.
Dominei-me a custo de debrucei-me sobre o morto para examinar melhor a sua fisionomia e não pude conter um grito: o morto era eu. Era eu que estava dentro da mala meio aberta...
"
O que os amigos acharam? Espero respostas.
LNN
Paulo Corrêa Lopes
(1898 - 1957 | Brasil)
"
Não sei se no momento eu contemplava as águas da enchente ou se pensava em outras éocas, quando uma boca com dentes de outro me interrompeu:
- Tenho ordem de prendê-lo como envolvido no crime da mala.
- Que mala? - indaguei ainda surpreso, como alguém que acabasse de descer de Marte ou de outra região qualquer.
- Siga-me que na delegacia tudo será esclarecido.
Diante do tom autoritário com que a boca com dentes de outro me falava, resolvi seguir o investigador. Atravessamos uma rua deserta, cruzamos uma praça cheia de crianças brincando, desembocamos num largo e por fim entramos num prédio baixo com aspecto de casa de comércio.
Quando menos esperava, fui empurrado para dentro de uma sala escura onde o dekegado de plantão me recebeu com ar teatral:
- Então! Custou mas caiu nas mãos da justiça! Ninguém escapa da lei! Confesse, que é a única cousa inteligente que tem a fazer!
A princípio achei graça em tudo aquilo. Pensei mesmo que estava sendo vítima de uma brincadeira de mau gosto. Depois, diante da insistência do delegado, comecei a suar frio. Que sabia eu do crime da mala? É bem possível que alguém, parecido comigo, tivesse cometido o crime pelo qual me acusavam. Há tanta gente parecida no mundo. Ainda há tempos encontrei no bonde um cidadão tão parecido com Henry Fonda que fiquei abismado. Tinha até o jeito de sorrir do simpático artista. Por um pouco não chamei a atenção do cavalheiro para o fato. O próprio delegado, que me interrogava, tinha qualquer cousa de semelhante com o investigador que me havia dado voz de prisão. O verdadeiro culpado talvez se parecesse comigo. Não encontrava outra explicação para tudo aquilo. De súbito fui despertado pela boca com dentes de ouro, que me disse:
- Acompanhe-me.
Segui como um autômato o investigador que me fechounuma sala tão baixa que tive que me curvar para não bater com a cabeça no teto. Justamente no momento em que me curvei, dei com um morto estendido dentro de uma mala meio aberta. Recuei e fiz um grande esforço para não gritar. O morto parece que me acusava com os seus olhos parados, com os seus olhos que vinham de um outro mundo. Tive a impressão de que estava sendo vítima de uma alucinação. Os olhos do morto parece que se dilatavam cada vez mais.
Dominei-me a custo de debrucei-me sobre o morto para examinar melhor a sua fisionomia e não pude conter um grito: o morto era eu. Era eu que estava dentro da mala meio aberta...
"
O que os amigos acharam? Espero respostas.
LNN
Re: Contos fantásticos
Leo, também estou com os 100 melhores contos de crime e mistério da literatura universal, gosto muito de antologias, só nao li este ainda por falta de tempo mesmo.
Depois vou ler o que você indicou pelo link http://www.bestiario.com.br/5_arquivos/um%20crime.html.
Também não tinha lido os contos de Paulo Correia Lopes, na verdade, nunca tinha ouvido falar, o conto
"Um caso estranho" me agrada. É rápido, diferente, surpreende. Gostei.
Depois vou ler o que você indicou pelo link http://www.bestiario.com.br/5_arquivos/um%20crime.html.
Também não tinha lido os contos de Paulo Correia Lopes, na verdade, nunca tinha ouvido falar, o conto
"Um caso estranho" me agrada. É rápido, diferente, surpreende. Gostei.
Re: Contos fantásticos
Ressucitando o tópico, começo a ler amanhã, por indicaçao do Roger, La ciudad de la llama que canta, de Clark Ashton Smith.
Volto com novidades...
Volto com novidades...
Re: Contos fantásticos
Para despertar a vontade e atiçar a curiosidade, um clássico...
" A História do demoníaco Pacheco" de Jan Potocki
Finalmente acordei para valer; o sol queimava minhas pálpebras - eu as abria com dificuldade. Vi o céu. Vi que estava ao relento. mas o sono ainda pesava em meus olhos. Não dormia mais, mas ainda não estava desperto. Imagens de suplicios sucederam-se umas as outras. Fiquei apavorado. Levantei-me sobressaltado e me sentei.
Onde encontrarei as palavras para expressar o horror que então me invadiu? Eu estava deitado ao pé da forca de Los Hermanos. Os cadáveres dos dois irmãos De Zoto nao estavam enforcados, e sim deitados ao meu lado. Aparentemente eu tinha passado a noite com eles. Descansava em cima de pedaços de cordas, rodas apodrecidas, restos de carcaças humanas, e nacos horrorosos e fétidos que delas se soltavam....
Leia mais em:
" A História do demoníaco Pacheco" de Jan Potocki
Finalmente acordei para valer; o sol queimava minhas pálpebras - eu as abria com dificuldade. Vi o céu. Vi que estava ao relento. mas o sono ainda pesava em meus olhos. Não dormia mais, mas ainda não estava desperto. Imagens de suplicios sucederam-se umas as outras. Fiquei apavorado. Levantei-me sobressaltado e me sentei.
Onde encontrarei as palavras para expressar o horror que então me invadiu? Eu estava deitado ao pé da forca de Los Hermanos. Os cadáveres dos dois irmãos De Zoto nao estavam enforcados, e sim deitados ao meu lado. Aparentemente eu tinha passado a noite com eles. Descansava em cima de pedaços de cordas, rodas apodrecidas, restos de carcaças humanas, e nacos horrorosos e fétidos que delas se soltavam....
Leia mais em:
Contos fantásticos do século XIX
Autor(es): Italo Calvino (org.)
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535905021
520 pág.
Re: Contos fantásticos
Olá, Tânia!
Travei a leitura desse livro. Estou no conto "Os amigos dos amigos", de Henry James, e não consigo avançar.
Eu queria terminá-lo, mas não estou conseguindo. Dessa forma, sem conseguir acabar a leitura dos contos desse fabuloso livro (algo me impede de ler até o final, vai saber o que é...), iniciei outro de grande peso: "A Casa das Sete Torres". Nathaniel Hawthorne. O meu livro, de capa amarela, muito simples, é de edição do ano de 1960.
Posso dizer que, e isso que só li o primeiro capítulo, é uma narrativa maravilhosa!
Encontrei essa imagem para ilustrar uma das publicações do livro:
Hawthorne é um autor que pretendo ler mais. Quero ver se em breve comprarei o "Fauno de Mármore", "A Letra Escarlate" e, mais breve ainda, "A Volta do Parafuso", muito bem falado por Lovecraft em seu ensaio de não-ficção.
Abraços
LNN
Travei a leitura desse livro. Estou no conto "Os amigos dos amigos", de Henry James, e não consigo avançar.
Eu queria terminá-lo, mas não estou conseguindo. Dessa forma, sem conseguir acabar a leitura dos contos desse fabuloso livro (algo me impede de ler até o final, vai saber o que é...), iniciei outro de grande peso: "A Casa das Sete Torres". Nathaniel Hawthorne. O meu livro, de capa amarela, muito simples, é de edição do ano de 1960.
Posso dizer que, e isso que só li o primeiro capítulo, é uma narrativa maravilhosa!
Encontrei essa imagem para ilustrar uma das publicações do livro:
Hawthorne é um autor que pretendo ler mais. Quero ver se em breve comprarei o "Fauno de Mármore", "A Letra Escarlate" e, mais breve ainda, "A Volta do Parafuso", muito bem falado por Lovecraft em seu ensaio de não-ficção.
Abraços
LNN
Re: Contos fantásticos
Leo, eu li A volta do parafuso, mas depois que você ler nós comentamos, rss ^^
Ah, este conto está naquela outra coletanea, Contos de Horror do século XIX, alias, não achei boa ideia estar lá no meio, é grande e eu tenho em duas edições que achei no sebo por singelos cinco reais, rss, então fiquei decepcionada.
Quando eu li A volta do parafuso, não conhecia muito de literatura fantástica, comprei no sebo, e gostei bastante. tempos depois, eu estava novamente lá e vi um livro Lady Barberina e A outra volta do parafuso, bem, adivinhe só o que pensei, , que fosse continuação, era o mesmo autor,,, rss, mas depois descobri que eram apenas duas traduções diferentes, rss.. rsultado, até hoje não li Lady Barberina e quando comprei os melhores contos de horror, consegui a terceira versão de A volta do parafuso, alias, adoro esse nome!!!
Ah, este conto está naquela outra coletanea, Contos de Horror do século XIX, alias, não achei boa ideia estar lá no meio, é grande e eu tenho em duas edições que achei no sebo por singelos cinco reais, rss, então fiquei decepcionada.
Quando eu li A volta do parafuso, não conhecia muito de literatura fantástica, comprei no sebo, e gostei bastante. tempos depois, eu estava novamente lá e vi um livro Lady Barberina e A outra volta do parafuso, bem, adivinhe só o que pensei, , que fosse continuação, era o mesmo autor,,, rss, mas depois descobri que eram apenas duas traduções diferentes, rss.. rsultado, até hoje não li Lady Barberina e quando comprei os melhores contos de horror, consegui a terceira versão de A volta do parafuso, alias, adoro esse nome!!!
Re: Contos fantásticos
Tânia, não é que tenho esse "Contos de Horror do século XIX"?!
No entanto, estou enrolado na leitura. Não cheguei nesse livro, e não sei se esse ano vou ler.
Pessoal, eu gostaria de fazer uma correção de um terrível engano cometido por mim:
"A Volta do Parafuso" é do autor Henry James!
(Lovecraft fez ótimos comentários dessa história no ensaio de não-ficção.)
http://www.meiapalavra.com.br/showthread.php?tid=127
Como que fui creditar uma obra de Henry James a Hawthorne? Imperdiável... imperdoável...
LNN
PS.: Eu já imaginava que eram versões diferentes de tradução. Mas... ainda
assim eu também pensava que poderia ser continuação... bom saber disso!
No entanto, estou enrolado na leitura. Não cheguei nesse livro, e não sei se esse ano vou ler.
Pessoal, eu gostaria de fazer uma correção de um terrível engano cometido por mim:
"A Volta do Parafuso" é do autor Henry James!
(Lovecraft fez ótimos comentários dessa história no ensaio de não-ficção.)
http://www.meiapalavra.com.br/showthread.php?tid=127
Como que fui creditar uma obra de Henry James a Hawthorne? Imperdiável... imperdoável...
LNN
PS.: Eu já imaginava que eram versões diferentes de tradução. Mas... ainda
assim eu também pensava que poderia ser continuação... bom saber disso!
Re: Contos fantásticos
Continuando os comentários sobre contos interessantes e leituras perturbadoras, estive pensando na literatura fantástica contemporânea nacional. Para começar, um conto escrito por uma pessoa que, creio eu, todos admiramos, Paulo Soriano.
O Homúnculo é um dos meus contos favoritos.
Assusta, apavora, mas ao mesmo tempo, comove, dói, deixa o leitor angustiado. Sua criatura é feia, repugnante e bela. O cenário sombrio e classico, entre laboratórios, rios, sombras, ventos e noites frias, o Paulo consegue, neste conto, atingir uma gama de sentimentos vão do medo, do espanto a uma ternura comovente e, por fim, não é esquecido.
Ao leitor desavisado, um conto que rasga os sentidos.
O Homúnculo é um dos meus contos favoritos.
Assusta, apavora, mas ao mesmo tempo, comove, dói, deixa o leitor angustiado. Sua criatura é feia, repugnante e bela. O cenário sombrio e classico, entre laboratórios, rios, sombras, ventos e noites frias, o Paulo consegue, neste conto, atingir uma gama de sentimentos vão do medo, do espanto a uma ternura comovente e, por fim, não é esquecido.
Ao leitor desavisado, um conto que rasga os sentidos.
Leia este conto em http://www.contosdeterror.com.br/contos/homunculo.html nos Contos Grotescos.
Ou no livro Histórias Nefastas, de Paulo Soriano, publicado pela Corifeu.
http://www.corifeu.com.br/index.asp?secao=24&categoria=36&subcategoria=0&id=235
Re: Contos fantásticos
Tânia Souza escreveu:Bem que gostaria de iniciar o tópico com um clássico, mas uma leitura recente chamou minha atençao. Uma amiga, sabendo do meu gosto pelo fantástico, trouxe-me esses dias a cópia (é.. eu sei, cópia, rs) de um conto da Lygia Fagundes Telles, chamado "As Formigas" Uma narrativa interessante. Não sei se a autora possui outras obras no mesmo estilo, preciso pesquisar!
Este conto mostra a mudança de duas estudantes para uma pensão algo decadente. Até então, tudo bem, a surpresa está por conta de um caixão contendo os ossos de um anão e formigas, muitas formigas.
Apesar de sentir falta de um clima mais denso, digamos assim, gostei da leitura e recomendo para quem tem interesse em conhecer um pouco mais da produção brasileira no gênero. Fiquei um tanto intrigada com a personificação da casa, quase quase assustadora ao primeiro e último olhar, e a sugestão narrativa que brinca entre os opostos: do sonho a realidade.
Conheço o conto, Tânia. O li em uma obra encontrada na biblioteca da escola em que trabalho. Faz tempo, mto. Vou procurá-lo novamente e relembrar os pormenores do texto É bom mesmo!
Re: Contos fantásticos
Nobres (meninos e meninas, é claro), uma idéia me assalta! O que acha de resenharmos os contos dos participantes aqui do fórum, e outros que encontramos pela web, de autores nacionais contemporâneos à nós?
Re: Contos fantásticos
Seria algo interessante de ser feito.
Mas... acho que desta vez não poderei participar, pelo menos por ora, dessa nossa resenha de contos.
Creio que ficarei sem internet por algum tempo, vindo conferir emails n'uma lan house.
No mais,
Abraços
Leonardo Nunes Nunes
Mas... acho que desta vez não poderei participar, pelo menos por ora, dessa nossa resenha de contos.
Creio que ficarei sem internet por algum tempo, vindo conferir emails n'uma lan house.
No mais,
Abraços
Leonardo Nunes Nunes
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