POÉTICA DAS SOMBRAS
+13
Mandark
Afonso
Fiore
PAULO SORIANO
Nana B.® Poetisa †Queen o
Rogério
seguidorlovecraft
Victoria Magna
Celly Borges
Poleto
BOI
Tânia Souza
Henry Evaristo
17 participantes
Página 6 de 9
Página 6 de 9 • 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
MORTO DE MEDO
Por Rogério Silvério de Farias
Eu me lembro...
Eu era menino e as noites eram negras...
As sombras eram muitas,
Tentáculos do medo
A querer agarrar-me,
Levar-me além do sono,
Nos mundos dos pesadelos...
Eu me lembro...
O frio, a noite era escura
E o silêncio uma blasfêmia.
Eu me lembro...
O medo era um polvo
Nas profundezas dos mares do meu horror!
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Também é muito bom.
Bem, não tenho o que falar da capacidade dos amigos em escrever tão... "rapidamente"... profundamente... histórias, mesmo que motivadas por uma figura, pois vejo que todos são 'perfeitos'! Pérolas, eu diria.
LNN
Bem, não tenho o que falar da capacidade dos amigos em escrever tão... "rapidamente"... profundamente... histórias, mesmo que motivadas por uma figura, pois vejo que todos são 'perfeitos'! Pérolas, eu diria.
LNN
Última edição por seguidorlovecraft em Qui 16 Jul 2009 - 0:28, editado 1 vez(es)
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Nossa, gostei muito do poema do Roger!
Parabéns, Roger, seja de onde vc estiver lendo isso
hihih
Parabéns, Roger, seja de onde vc estiver lendo isso
hihih
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Poxa, Leo, muito obrigada mesmo, mas sabe que as vezes passo dias sem conseguir escrever um verso, um versinho apenas, rss...
Mas a imagem é interessante, ainda mais quando podemos brincar um pouco, confesso que também adorei o poema do Roger.
Mas a imagem é interessante, ainda mais quando podemos brincar um pouco, confesso que também adorei o poema do Roger.
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Tânia Souza escreveu:
*****
Tânia e amigos da poética das sombras. Espero que vocês gostem.
Um grito no silêncio
Na escuridão dos sonhos,
E mistérios da mente,
O inconsciente interage
Com seres de outro mundo.
Imagens se desdobram.
Projetam pensamentos
Estranhos e sombrios...
Soturnos... Sem sentido...
Na escuridão dos sonhos,
Há um eu que pede ajuda...
Que grita no silêncio,
Em busca de equilíbrio...
Imagem desolada
Da solidão do sono.
De quem quer se ver livre
Dos monstros que há no dia.
Fiore
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Também gostei Fiore, legal, essa imagem é bem sugestiva.
Leo, Cellyta e Henry e demais convivas, queremos tanto ler os poemas de vcs, ... vamos poementar???
Leo, Cellyta e Henry e demais convivas, queremos tanto ler os poemas de vcs, ... vamos poementar???
Última edição por Tânia Souza em Sex 17 Jul 2009 - 1:47, editado 1 vez(es)
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Tânia Souza escreveu:
Eu vi
aquela enorme figura
sobre a cama
e eu sob elas.
Mas medo eu não tive,
afinal, aprendi
a ter medo
de mim.
aquela enorme figura
sobre a cama
e eu sob elas.
Mas medo eu não tive,
afinal, aprendi
a ter medo
de mim.
Para a Tânia, a douda! hihi
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Celly Borges escreveu:Tânia Souza escreveu:Eu vi
aquela enorme figura
sobre a cama
e eu sob elas.
Mas medo eu não tive,
afinal, aprendi
a ter medo
de mim.
Para a Tânia, a douda! hihi
Oh, gracias!!
É tão triste e ao mesmo tempo sombrio, gostei!
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Polvo estranho, ex-amigo
Me puseste em perigo
E não diga que me ama
Tu roubaste minha cama!
Sacanagem que fizeste!
Es um bicho muito arteiro
Pois tu sabes muito bem
Não durmo sem travesseiro!
Inimigo traiçoeiro
Me mandaste pro escuro
me enfiaste na sarjeta
deste chão gelado e duro
Polvo louco, maledeto!
Criatura tão folgada
Só querias teu conforto
Não pensaste em mim
Nem nada!?
Muito vais te arrepender
Deste ato tresloucado
E me pedirás desculpa, me chamando de amado
Mas não te darei perdão, seu canalha desgraçado!
Vou usar tua carne dura
Pra fazer um ensopado!
Rsrsrsrs! Depois volto com um mais sério.
Última edição por Henry Evaristo em Sáb 18 Jul 2009 - 13:24, editado 1 vez(es)
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Henry Evaristo escreveu:
Polvo estranho, ex-amigo
Me puseste em perigo
E não diga que me ama
Tu roubaste minha cama!
Sacanagem que fizeste!
Es um bicho muito arteiro
Pois tu sabes muito bem
Não durmo sem travesseiro!
Inimigo traiçoeiro
Me mandaste pro escuro
me enfiaste na sarjeta
desde chão gelado e duro
Polvo louco, maledeto!
Criatura tão folgada
Só querias teu conforto
Não pensaste em mim
Nem nada!?
Muito vais te arrepender
Deste ato tresloucado
E me pedirás desculpa, me chamando de amado
Mas não te darei perdão, seu canalha desgraçado!
Vou usar tua carne dura
Pra fazer um ensopado!
Rsrsrsrs! Depois volto com um mais sério.
Oh, pobre monstrinho, rsss... Henry, gosto das tuas poesias com este tom, lembrei dos Versos Decrépitos. ^^
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Ai de mim, pobre de mim
O meu quarto tão querido
Transformou-se num inferno
Em sombras de dor e medo
Oculta-se um segredo
Um Deus em degredo
Aqui faz morada
Chegou sem aviso
Este monstro e seus bramidos
Alimenta-se de gemidos
Escraviza meu juizo
Tortura a minh’alma
E se não estou sozinho
O peçonhento aguarda
Ataca na hora apropriada
Só ousa ameaçar-me
Para refeição tão horrível
Quando chega a madrugada
Este ser tão terrível
Sonda minha mente
Com milhões de tentáculos
Começa o espetáculo
Desfaz os segredos
E sorve meus medos
Disso se alimenta o medonho
Dos mais cruéis caminhos
Que trilho nos sonhos
Tânia Souza
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Henry Evaristo escreveu:
Polvo estranho, ex-amigo
Me puseste em perigo
E não diga que me ama
Tu roubaste minha cama!
Sacanagem que fizeste!
Es um bicho muito arteiro
Pois tu sabes muito bem
Não durmo sem travesseiro!
Inimigo traiçoeiro
Me mandaste pro escuro
me enfiaste na sarjeta
desde chão gelado e duro
Polvo louco, maledeto!
Criatura tão folgada
Só querias teu conforto
Não pensaste em mim
Nem nada!?
Muito vais te arrepender
Deste ato tresloucado
E me pedirás desculpa, me chamando de amado
Mas não te darei perdão, seu canalha desgraçado!
Vou usar tua carne dura
Pra fazer um ensopado!
Rsrsrsrs! Depois volto com um mais sério.
Henry, gostei dessa poesia!
Estou dando risadas até agora!
Abraços
LNN
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Tentei escrever agora a poesia, mas não estou inspirado.
Ainda vou escrever, até de noite.
LNN
Ainda vou escrever, até de noite.
LNN
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Henry Evaristo escreveu:
Polvo estranho, ex-amigo
Me puseste em perigo
E não diga que me ama
Tu roubaste minha cama!
Sacanagem que fizeste!
Es um bicho muito arteiro
Pois tu sabes muito bem
Não durmo sem travesseiro!
Inimigo traiçoeiro
Me mandaste pro escuro
me enfiaste na sarjeta
desde chão gelado e duro
Polvo louco, maledeto!
Criatura tão folgada
Só querias teu conforto
Não pensaste em mim
Nem nada!?
Muito vais te arrepender
Deste ato tresloucado
E me pedirás desculpa, me chamando de amado
Mas não te darei perdão, seu canalha desgraçado!
Vou usar tua carne dura
Pra fazer um ensopado!
Rsrsrsrs! Depois volto com um mais sério.
adorável! hihihi
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Henry Evaristo escreveu:
Polvo estranho, ex-amigo
Me puseste em perigo
E não diga que me ama
Tu roubaste minha cama!
Sacanagem que fizeste!
Es um bicho muito arteiro
Pois tu sabes muito bem
Não durmo sem travesseiro!
Inimigo traiçoeiro
Me mandaste pro escuro
me enfiaste na sarjeta
desde chão gelado e duro
Polvo louco, maledeto!
Criatura tão folgada
Só querias teu conforto
Não pensaste em mim
Nem nada!?
Muito vais te arrepender
Deste ato tresloucado
E me pedirás desculpa, me chamando de amado
Mas não te darei perdão, seu canalha desgraçado!
Vou usar tua carne dura
Pra fazer um ensopado!
Rsrsrsrs! Depois volto com um mais sério.
caramba... muito muito legal mesmo... fera demais!
Noturno I
Procuro seus braços
Seu calor pra me aquecer
Fria está a noite
Eterna noite sem te ter
Fecho meus olhos e sonho
Em teus braços me encontrar
Apesar de saber que a lua
Privou-me de te achar
A noite é minha morada
Os becos meu caminhar
Sem rumo persigo as sombras
Que insistem em me atormentar
Seu calor pra me aquecer
Fria está a noite
Eterna noite sem te ter
Fecho meus olhos e sonho
Em teus braços me encontrar
Apesar de saber que a lua
Privou-me de te achar
A noite é minha morada
Os becos meu caminhar
Sem rumo persigo as sombras
Que insistem em me atormentar
Noturno II
Quem pode contar a história
Da noite que está a envolver
Senão aquele que dela é filho
Aquele que morreu pra viver
Sangue, sangue, sangue
Ouço a alma em sede gritar
Em velada e obscura espera
O sangue inocente a vai saciar
E depois de saciado o desejo
Próximo vem o amanhecer
Recolhe-se em esquife encarnada
Sob escura e eterna proteção
Da noite que está a envolver
Senão aquele que dela é filho
Aquele que morreu pra viver
Sangue, sangue, sangue
Ouço a alma em sede gritar
Em velada e obscura espera
O sangue inocente a vai saciar
E depois de saciado o desejo
Próximo vem o amanhecer
Recolhe-se em esquife encarnada
Sob escura e eterna proteção
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Tânia Souza escreveu:Poemas sombrios e famintos, seus noturnos rubros são bem vindos Mandark !!!!
Muito obrigado pela recepção Tânia... =]
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Aguardo em minha morada
Em sepulcro selado
Vejo tela esverdeada
Deste escuro lacrado
Ainda procuro transtornada
Onírico caminho desviado
De frio me envolvo
Bem sei dos meus desatinos
Sempre este meu destino?
Calor se ausenta
Desimporta o medo
Já não há socorro
Revelar-se-ão todos os segredos
Ou apenas dos vermes os murmúrios
Orquestrados em rotina perfurante
Serão eco dos angúrios...
Gemidos que indago?
Ah, ácidas e ávidas em minhas retinas
Mórbidas visões de insano diálogo
Num átimo percebo, oh, cruel legado
Eis meu insano e eterno reinado.
Ladra ao longe um cão
É Cérbero, e três são os gritos infernais
Vermelha, minha miséria desenha-se
Em vão grito que não.
Do lar escuro não partirei não mais
Nunca mais!
Tânia Souza
Em sepulcro selado
Vejo tela esverdeada
Deste escuro lacrado
Ainda procuro transtornada
Onírico caminho desviado
De frio me envolvo
Bem sei dos meus desatinos
Sempre este meu destino?
Calor se ausenta
Desimporta o medo
Já não há socorro
Revelar-se-ão todos os segredos
Ou apenas dos vermes os murmúrios
Orquestrados em rotina perfurante
Serão eco dos angúrios...
Gemidos que indago?
Ah, ácidas e ávidas em minhas retinas
Mórbidas visões de insano diálogo
Num átimo percebo, oh, cruel legado
Eis meu insano e eterno reinado.
Ladra ao longe um cão
É Cérbero, e três são os gritos infernais
Vermelha, minha miséria desenha-se
Em vão grito que não.
Do lar escuro não partirei não mais
Nunca mais!
Tânia Souza
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
A ÚLTIMA NOITE
A noite traz um lamento
Que à mi'nhalma penetra como adaga horrível.
Há comoção nos céus;
E no horizonte luzes aziagas cintilam,
Como serpentes de fogo que sibilam
Vão inflamando o espaço;
Derrotando os vencidos,
instigando cansaços
É o horror do tempo que se impõe
Como se me quisesse devorar.
E em agonia a carne decompõe
Sentindo a horda de vermes despertar.
Ah, quem vem lá?
Será pã com seus cascos trotando?
Virá para mim pelo céu caminhando?
Me levar a seu mundo do lado de lá?
É o que me diz este sentimento profundo
que se insinua em meu coração
E ele me olha com compaixão;
Eu, o ser tão perdido,
Que como nas esquinas onde se esconde o bandido
Espreita no escuro, esperando chegar
A sua hora marcada.
A sua noite espraiada.
Como o horror que goteja
do absurdo luar!
É o fim, é o fim!
Desta terra malsã
E o inicio de outro
Bendito amanhã!
Que reside nos sonhos que sonhamos pequenos...
Que se esconde nos ermos
Nos extraterrenos,
Onde a vida de tudo
Se extingue na hora
Onde toda tristeza
se vai sem demora.
É pã em seu mundo
que chega agora
E me leva, me leva
Onde quer me levar!
A noite traz um lamento
Que à mi'nhalma penetra como adaga horrível.
Há comoção nos céus;
E no horizonte luzes aziagas cintilam,
Como serpentes de fogo que sibilam
Vão inflamando o espaço;
Derrotando os vencidos,
instigando cansaços
É o horror do tempo que se impõe
Como se me quisesse devorar.
E em agonia a carne decompõe
Sentindo a horda de vermes despertar.
Ah, quem vem lá?
Será pã com seus cascos trotando?
Virá para mim pelo céu caminhando?
Me levar a seu mundo do lado de lá?
É o que me diz este sentimento profundo
que se insinua em meu coração
E ele me olha com compaixão;
Eu, o ser tão perdido,
Que como nas esquinas onde se esconde o bandido
Espreita no escuro, esperando chegar
A sua hora marcada.
A sua noite espraiada.
Como o horror que goteja
do absurdo luar!
É o fim, é o fim!
Desta terra malsã
E o inicio de outro
Bendito amanhã!
Que reside nos sonhos que sonhamos pequenos...
Que se esconde nos ermos
Nos extraterrenos,
Onde a vida de tudo
Se extingue na hora
Onde toda tristeza
se vai sem demora.
É pã em seu mundo
que chega agora
E me leva, me leva
Onde quer me levar!
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Henry, postei o poema no blog, http://sombraspoeticas.blogspot.com/... e vou copiar aqui a "breve" apresentação do poema. Parabéns!
Henry Evaristo retorna à Câmara dos Tormentos - Poesia das Sombras com uma composição complexa, o último dia pode não o ser; afinal, não há o bem, não há o mal, apenas as paradoxais sensações de viver, morrer, sofrer, esperar. Nesta poética dolorida e insana, o plano da alucinação confunde-se ao real nos caminhos perdidos de ser, estar. Aos leitores, apenas a intensa sensação de ler e vivenciar os caminhos da poética sombria.
Henry Evaristo retorna à Câmara dos Tormentos - Poesia das Sombras com uma composição complexa, o último dia pode não o ser; afinal, não há o bem, não há o mal, apenas as paradoxais sensações de viver, morrer, sofrer, esperar. Nesta poética dolorida e insana, o plano da alucinação confunde-se ao real nos caminhos perdidos de ser, estar. Aos leitores, apenas a intensa sensação de ler e vivenciar os caminhos da poética sombria.
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Quando olho lá pra dentro
Eu me sinto debruçado
em mim mesmo e vejo abismo,
na beira dependurado
grito em ecos de mutismo.
Despenco em fel destilado
em cores cinzas que prismo.
Quase em mim morro afogado
nessa fossa de egoísmo.
Me engulo e cuspo de lado,
me vomito em ceticismo.
Resta em mim visco secado
por atritos de bruxismo.
Dentro, em mim, sou assustado.
Choro e cismo, choro e cismo!
Eu me sinto debruçado
em mim mesmo e vejo abismo,
na beira dependurado
grito em ecos de mutismo.
Despenco em fel destilado
em cores cinzas que prismo.
Quase em mim morro afogado
nessa fossa de egoísmo.
Me engulo e cuspo de lado,
me vomito em ceticismo.
Resta em mim visco secado
por atritos de bruxismo.
Dentro, em mim, sou assustado.
Choro e cismo, choro e cismo!
Página 6 de 9 • 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Tópicos semelhantes
» A MÚSICA DAS SOMBRAS
» Carnaval Das Sombras
» A LENDÁRIA IRMANDADE DAS SOMBRAS
» Viagem ao mundo das Sombras.
» Carnaval Das Sombras
» A LENDÁRIA IRMANDADE DAS SOMBRAS
» Viagem ao mundo das Sombras.
Página 6 de 9
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|