POÉTICA DAS SOMBRAS
+13
Mandark
Afonso
Fiore
PAULO SORIANO
Nana B.® Poetisa †Queen o
Rogério
seguidorlovecraft
Victoria Magna
Celly Borges
Poleto
BOI
Tânia Souza
Henry Evaristo
17 participantes
Página 5 de 9
Página 5 de 9 • 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
As Litânias de Satã
Charles Baudelaire
Ó tu, o Anjo mais belo e também o mais culto,
Deus que a sorte traiu e privou do seu culto,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Ó Príncipe do exílio a quem alguém fez mal,
E que, vencido, sempre te ergues mais brutal,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que vês tudo, ó rei das coisas subterrâneas,
Charlatão familiar das humanas insânias,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que, mesmo ao leproso, ao paria infame, ao réu
Ensinas pelo amor às delícias do Céu,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que da morte, tua velha e forte amante,
Engendraste a Esperança, - a louca fascinante!
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que dás ao proscrito esse alto e calmo olhar
Que faz ao pé da forca o povo desvairar,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que sabes onde é que em terras invejosas
O Deus ciumento esconde as pedras preciosas.
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu cuja larga mão oculta os precipícios,
Ao sonâmbulo a errar na orla dos edifícios,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que, magicamente, abrandas como mel
Os velhos ossos do ébrio moído num tropel,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu, que ao homem que é fraco e sofre deste o alvitre
De poder misturar ao enxofre o salitre,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que pões tua marca, ó cúmplice sutil,
Sobre a fronte do Creso implacável e vil,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que, abrindo a alma e o olhar das raparigas a ambos
Dás o culto da chaga e o amor pelos molambos,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Do exilado bordão, lanterna do inventor,
Confessor do enforcado e do conspirador,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Pai adotivo que és dos que, furioso, o Mestre
O deus Padre, expulsou do paraíso terrestre
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Charles Baudelaire
Ó tu, o Anjo mais belo e também o mais culto,
Deus que a sorte traiu e privou do seu culto,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Ó Príncipe do exílio a quem alguém fez mal,
E que, vencido, sempre te ergues mais brutal,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que vês tudo, ó rei das coisas subterrâneas,
Charlatão familiar das humanas insânias,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que, mesmo ao leproso, ao paria infame, ao réu
Ensinas pelo amor às delícias do Céu,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que da morte, tua velha e forte amante,
Engendraste a Esperança, - a louca fascinante!
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que dás ao proscrito esse alto e calmo olhar
Que faz ao pé da forca o povo desvairar,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que sabes onde é que em terras invejosas
O Deus ciumento esconde as pedras preciosas.
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu cuja larga mão oculta os precipícios,
Ao sonâmbulo a errar na orla dos edifícios,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que, magicamente, abrandas como mel
Os velhos ossos do ébrio moído num tropel,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu, que ao homem que é fraco e sofre deste o alvitre
De poder misturar ao enxofre o salitre,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que pões tua marca, ó cúmplice sutil,
Sobre a fronte do Creso implacável e vil,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Tu que, abrindo a alma e o olhar das raparigas a ambos
Dás o culto da chaga e o amor pelos molambos,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Do exilado bordão, lanterna do inventor,
Confessor do enforcado e do conspirador,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Pai adotivo que és dos que, furioso, o Mestre
O deus Padre, expulsou do paraíso terrestre
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!
Um rondel sombrio pra vocês.
Demônios na mente
Demônios rodeiam a mente.
Procuram pegar pelo medo.
Ataques? Jamais são de frente.
A morte, eles têm por brinquedo.
Trabalham os fracos, doentes.
Escolhem as presas a dedo.
Demônios rodeiam a mente.
Procuram pegar pelo medo.
Sagazes, tais como serpentes,
Querem por a alma em degredo
Com fogo, com lanças, tridentes.
Invadem... Descobrem segredos...
Demônios rodeiam a mente.
Fiore
Demônios rodeiam a mente.
Procuram pegar pelo medo.
Ataques? Jamais são de frente.
A morte, eles têm por brinquedo.
Trabalham os fracos, doentes.
Escolhem as presas a dedo.
Demônios rodeiam a mente.
Procuram pegar pelo medo.
Sagazes, tais como serpentes,
Querem por a alma em degredo
Com fogo, com lanças, tridentes.
Invadem... Descobrem segredos...
Demônios rodeiam a mente.
Fiore
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
seguidorlovecraft escreveu:Ótimo esse poema, Fiore.
Curto, mas muito bem trabalhado.
Abraços
LNN
Brigadão, Leonardo.
Escrevi este rondel pra Tânia postar lá no Blog da Câmara. Tem muita gente boa publicando lá. Vale a pena conferir.
Veja no link que belíssimo trabalho a Tanita tá fazendo:
http://sombraspoeticas.blogspot.com/
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Triolé escrito em (Gaita galega ou Moinheira), que são versos decassílabos com tônicas na 4ª, 7ª e 10ª sílabas.
Escória
Nos corredores escuros da mente
Moram fantasmas terríveis... Ferozes...
Castas sagazes, demônios, serpentes.
Nos corredores escuros da mente
Travam batalhas, verdugos, dementes,
O lixo e a escória dos seres algozes.
Nos corredores escuros da mente
Moram fantasmas terríveis... Ferozes...
Fiore
Nos corredores escuros da mente
Moram fantasmas terríveis... Ferozes...
Castas sagazes, demônios, serpentes.
Nos corredores escuros da mente
Travam batalhas, verdugos, dementes,
O lixo e a escória dos seres algozes.
Nos corredores escuros da mente
Moram fantasmas terríveis... Ferozes...
Fiore
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Embora sempre tenha me dado mal quanto a essas diferenciações na rima, e de preferir um poema mais livre, e até de pouco entender sobre as diferenciacões, gostei desse triolé de versos decassílabos.
Com o pedrão de minha ignorância, poderia explicar melhor para que eu possa entender, Fiore?
LNN
Com o pedrão de minha ignorância, poderia explicar melhor para que eu possa entender, Fiore?
LNN
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
seguidorlovecraft escreveu:Embora sempre tenha me dado mal quanto a essas diferenciações na rima, e de preferir um poema mais livre, e até de pouco entender sobre as diferenciacões, gostei desse triolé de versos decassílabos.
Com o pedrão de minha ignorância, poderia explicar melhor para que eu possa entender, Fiore?
LNN
******************************
Ok, Leonardo... Então vamos lá!
Triolé ou Triolete
Conceitos
Surgimento, na França. No Brasil é conhecido como “Triolé” ou “Triolete”. Composto por uma ou mais oitavas, a estrutura do Triolé obedece à seguinte ordem: em cada oitava, o quarto verso é a repetição do primeiro e o sétimo e oitavo versos são as repetições do primeiro e do segundo verso. Pela forma que é escrito, o triolé não muda a estrutura de sua rima, que ficam da seguinte forma: AbaAabAB.
* Origem: França. * Início: Idade média. * Título: Obrigatório.
* Rima: AbaAabAB – sempre. Se a poesia tiver mais estrofes, a seqüência de rimas será a mesma da primeira. Porém, obedecendo a nova identificação. * Tema: Livre.
* Métrica: O triolé, em geral, deve ser decassílabo. Porém, há autores que se utilizam de outras construções. * Momento: Passado, presente e futuro.
* Estrutua: O triolé é formado por uma ou mais estrofes de oito versos, todas com a mesma forma de rima. O quarto verso é a repetição do primeiro e o sétimo e oitavo versos são as repetições do primeiro e do segundo verso.
* Características: As características principais do tiolé, também são: canto aos amores, as paixões e o uso de figuras de linguagem. No triolé, como em outras formas de poesia, também são obrigatórios ritmo, acentuação tônica e medida silábica.
Duas observações:
* No exemplo abaixo o tema utilizado não é amor. rsrs
* Tenho como objetivo pessoal abordar o mesmo tema em várias formas diferentes. Isso, às vezes torna meus textos um pouco repetitivos.
Exemplo
Um triolé escrito em (Gaita galega ou Moinheira), que são versos decassílabos com tônicas na 4ª, 7ª e 10ª sílabas.
Escória
Nos corredores escuros da mente (A)
Moram fantasmas terríveis... Ferozes... (b)
Castas sagazes, demônios, serpentes. (a)
Nos corredores escuros da mente (A)
Travam batalhas, verdugos, dementes, (a)
O lixo e a escória dos seres algozes. (b)
Nos corredores escuros da mente (A)
Moram fantasmas terríveis... Ferozes... (B)
Espero que eu tenha sido didático e que, de alguma forma, tenha ajudado a esclarecer dúvidas.
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Extremamente didático Fiore, eu quando escrevo Triolé não sigo a métrica, uso apenas a forma, mas confesso que sou apaixonada pelo esquema de ir repetindo alguns versos e rimas, vou tentar escrever um agora.
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
No beijo da brisa fria
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
2 Oh, ardores dos mais cruéis e impossíveis. (B)
3 Vampiro de mim, um Incubus me prendia (a)
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
4. Em meu corpo, deslizava veneno e agonia (a)
5. Prisioneira do insano, em delírios terríveis. (b)
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
2. Oh, ardores dos mais cruéis e impossíveis. (B)
Tânia
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
2 Oh, ardores dos mais cruéis e impossíveis. (B)
3 Vampiro de mim, um Incubus me prendia (a)
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
4. Em meu corpo, deslizava veneno e agonia (a)
5. Prisioneira do insano, em delírios terríveis. (b)
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
2. Oh, ardores dos mais cruéis e impossíveis. (B)
Tânia
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Preciso ler essa explicação com mais calma.
Mas, desde já, agradeço a explicação.
LNN
Mas, desde já, agradeço a explicação.
LNN
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Tânia Souza escreveu:No beijo da brisa fria
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
2 Oh, ardores dos mais cruéis e impossíveis. (B)
3 Vampiro de mim, um Incubus me prendia (a)
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
4. Em meu corpo, deslizava veneno e agonia (a)
5. Prisioneira do insano, em delírios terríveis. (b)
1. Despertei assombrada em noite sombria, (A)
2. Oh, ardores dos mais cruéis e impossíveis. (B)
Tânia
********************
Tânia...
Ficou da hora!!!
Supimpa!!!!!!!!
Chuchu beleza!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Eu captei vossa mensagem, Fiore.
No entanto, jamais vou conseguir escrever dessa forma. Acho que é por isso que escrevo poesia livremente: sou incapaz de assimilar tais métricas.
Entretanto, uma hora qualquer tentaria eu criar algo do estilo. Talvez fracasse, talvez não.
Uma hora qualquer...
LNN
No entanto, jamais vou conseguir escrever dessa forma. Acho que é por isso que escrevo poesia livremente: sou incapaz de assimilar tais métricas.
Entretanto, uma hora qualquer tentaria eu criar algo do estilo. Talvez fracasse, talvez não.
Uma hora qualquer...
LNN
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Leonardo...
O mais importante é o conteúdo.
A forma a ser usada na escrita é só um detalhe.
***
Mudando de assunto... Vi sua entrevista. Se tiver uma segunda parte gostaria de ver tb.
Abração
O mais importante é o conteúdo.
A forma a ser usada na escrita é só um detalhe.
***
Mudando de assunto... Vi sua entrevista. Se tiver uma segunda parte gostaria de ver tb.
Abração
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Eu vou recodificar a entrevista, desta vez em quatro partes, para depois gravar no youtube. O problema foi: o youtube não aceita mais vídeos maiores de dez minutos, e a segunda parte teve 4 segundos a mais desse tempo.
LNN
LNN
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Vampirização
Deitou-se.
Entre sono e lucidez
Desdobrou-se.
Saiu num passeio a olhar pensamentos.
Temeu.
Caiu prostrado.
Corpos vampirizados, moribundos
Secavam-se em vida.
Sanguessugas ativos
Vagavam na erraticidade.
Faziam vítimas aos que abriam a guarda.
Silêncio!
Cético, saltou de volta ao corpo.
Entre luz e treva aguda,
Uma nova fantasia
Borbulhava em sua mente.
Fiore
Deitou-se.
Entre sono e lucidez
Desdobrou-se.
Saiu num passeio a olhar pensamentos.
Temeu.
Caiu prostrado.
Corpos vampirizados, moribundos
Secavam-se em vida.
Sanguessugas ativos
Vagavam na erraticidade.
Faziam vítimas aos que abriam a guarda.
Silêncio!
Cético, saltou de volta ao corpo.
Entre luz e treva aguda,
Uma nova fantasia
Borbulhava em sua mente.
Fiore
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Uma prosa poética vampiresca, interessante heim Fiore, até pelos sentidos que pode gerar...
Posso postar no blog depois? ^^
Posso postar no blog depois? ^^
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Tânia Souza escreveu:Uma prosa poética vampiresca, interessante heim Fiore, até pelos sentidos que pode gerar...
Posso postar no blog depois? ^^
*****
Claro!!!
Mas com as devidas correções.
Eu havia cometido um pequeno equívoco na postagem inicial, mas já corrigi.
Fiore- Mensagens : 179
Data de inscrição : 27/12/2008
Idade : 63
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Valeu Fiore, ficou bonita assim.
Pessoal, estou pensando no laboratório de poesia sombria, precisamos decidir como será por lá, mas por enquanto, vou postar uma imagem aqui, se alguém se interessar em escrever alguns versos, seja bem vindo!!!
Vamos pensando em como oficializar o tópico de poesia sombria no laboratório...
A imagem a seguir é mais "inocente", rss.. vamos tentar?
Pessoal, estou pensando no laboratório de poesia sombria, precisamos decidir como será por lá, mas por enquanto, vou postar uma imagem aqui, se alguém se interessar em escrever alguns versos, seja bem vindo!!!
Vamos pensando em como oficializar o tópico de poesia sombria no laboratório...
A imagem a seguir é mais "inocente", rss.. vamos tentar?
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
PesadelosTânia Souza escreveu:
Certa noite, um sussurro eu ouvia
Rastejante, um pesadelo renascia
Vencendo o medo que angustia
Ousei olhar o que o escuro sugeria
Ah... O que vi debaixo do lençol
Foi angustiante sina, foi meu mal.
Um terrível mostro sem tentáculos
Tornava o meu medo real
Asquerosa respiração me assustava
Com dois olhos enfermiços
A criatura tenebrosa me espiava
Desde então, dormir não já posso
Se fecho meus dez olhos eu vejo
A pequena fera, o ser infernal
Esperando que meu sono venha afinal.
Tânia Souza
Dedicado à sombria Celly Borges
Última edição por Tânia Souza em Qui 16 Jul 2009 - 0:57, editado 3 vez(es)
Re: POÉTICA DAS SOMBRAS
Valeu pessoal, o Roger me enviou o poema dele, pois perdeu a senha, rss, então, vou postar a seguir.
Página 5 de 9 • 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Tópicos semelhantes
» A MÚSICA DAS SOMBRAS
» Carnaval Das Sombras
» A LENDÁRIA IRMANDADE DAS SOMBRAS
» Viagem ao mundo das Sombras.
» Carnaval Das Sombras
» A LENDÁRIA IRMANDADE DAS SOMBRAS
» Viagem ao mundo das Sombras.
Página 5 de 9
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|