Sexta-feira 13 - Desafio Poético
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Sexta-feira 13 - Desafio Poético
Em prosa poética ou poema, escreva seus versos, livres, leves soltos ou formais, em uma ode sombria a esta data tão sugestiva aos seres das sombras....
SEXTA-FEIRA - 13
SEXTA-FEIRA - 13
Última edição por Tânia Souza em Qui 19 Ago 2010 - 12:30, editado 1 vez(es)
Re: Sexta-feira 13 - Desafio Poético
Entre as sombras
Vagam trêmulas e imundas
13 almas moribundas
Escravas de vícios
Em deleites mórbidos
Seus risos espalham
Delicada decomposição
Foram 13 noites
Mortas 13 noivas
Viva carne em açoite
oferenda e devassidão
.....13 covas
.................13 corpos
...........................13 passos
A promessa de um negrume eterno
A concreta presença do inferno
Na noite que o 13 se fez rei
Não haverá mais honra
Não haverá mais lei
Apenas a dor
E nos rastros no chão
O sangue da multidão
e quando 13 luas rubras surgirem no céu
................13 reis dementes reinarão
................13 séculos de escuridão
Tânia Souza
Vagam trêmulas e imundas
13 almas moribundas
Escravas de vícios
Em deleites mórbidos
Seus risos espalham
Delicada decomposição
Foram 13 noites
Mortas 13 noivas
Viva carne em açoite
oferenda e devassidão
.....13 covas
.................13 corpos
...........................13 passos
A promessa de um negrume eterno
A concreta presença do inferno
Na noite que o 13 se fez rei
Não haverá mais honra
Não haverá mais lei
Apenas a dor
E nos rastros no chão
O sangue da multidão
e quando 13 luas rubras surgirem no céu
................13 reis dementes reinarão
................13 séculos de escuridão
Tânia Souza
Re: Sexta-feira 13 - Desafio Poético
Sexta-Feira sexta fera
Treze de agosto
A gosto o desgosto
da Morte!
Treze de agosto
A gosto o desgosto
da Morte!
London- Mensagens : 10
Data de inscrição : 07/07/2010
Re: Sexta-feira 13 - Desafio Poético
London escreveu:Sexta-Feira sexta fera
Treze de agosto
A gosto o desgosto
da Morte!
Gostei, breve, intenso e sombrio.
Re: Sexta-feira 13 - Desafio Poético
Treze esferas eu vi...
Em negra noite sem estrelas ou luar...
A chegada da besta senti...
Em minha pele pairava seu olhar...
Em treze espelhos eu vi...
Uma imagem, em lembrança, a refletir...
Não, não eram meus aqueles traços...
Não, não era eu em falso passo...
Retinas múltiplas a me julgar...
Alma exposta em pecados nus...
Crueldade que faz jus...
Ao prazer de condenar...
Distorcidos, reconheci...
Os treze rostos diante de mim...
Diversas fases, vivi...
Treze foices, meu fim...
Aqueles olhos me acusavam...
Aqueles dentes me chamavam...
Trezes esferas a olhar...
Treze foices a retalhar...
Carne crua digerida...
Alma impura absorvida...
Chama ardente a consumir...
Último fio a fluir...
Satisfeita, a besta parte...
Até o próximo encontro...
A sexta treze tece a arte...
Do maior e mais nefasto monstro...
Em negra noite sem estrelas ou luar...
A chegada da besta senti...
Em minha pele pairava seu olhar...
Em treze espelhos eu vi...
Uma imagem, em lembrança, a refletir...
Não, não eram meus aqueles traços...
Não, não era eu em falso passo...
Retinas múltiplas a me julgar...
Alma exposta em pecados nus...
Crueldade que faz jus...
Ao prazer de condenar...
Distorcidos, reconheci...
Os treze rostos diante de mim...
Diversas fases, vivi...
Treze foices, meu fim...
Aqueles olhos me acusavam...
Aqueles dentes me chamavam...
Trezes esferas a olhar...
Treze foices a retalhar...
Carne crua digerida...
Alma impura absorvida...
Chama ardente a consumir...
Último fio a fluir...
Satisfeita, a besta parte...
Até o próximo encontro...
A sexta treze tece a arte...
Do maior e mais nefasto monstro...
Re: Sexta-feira 13 - Desafio Poético
o despertar de um gosto
foi num agosto qualquer
madrugada áspera nascia
aquela miúda Maria
de um grito seco veio ao mundo
bem filha de seu avô
aquele pequeno fruto de dor
não era um sonho realizado
numa pequena choupana
vinha ao mundo
teve primeiro leito
em trapo imundo
uma pequena vida
alma solitária e faminta
que de triste e aflita
cobraria o preço
de tão cruel desapreço
a mãe tão menina
com fome frio e doentia
fitava os seios quase infantes
vazios de afeto e seiva
e no coração ferido
da infância roubada
tremia de medo do ser que lhe oprimia
e piedade pela pequena Maria
e por 12 noites elas choravam
mas quando a sexta 13 chegou
na madrugada fria
a antiga fera despertou
com sede, lascívia e crueldade
mas o anjo sombrio o aguardava
e na foice afiada
por fim o silêncio sobreveio
e mãe e filha enfim adormeceram
descobriram rubro alimento
na seiva daquele que lhes fora tormento
a lamina afiada descobrira
alimento por muitos e muitos dias
e de tão rubro sabor
este vicio seguiriam por toda a vida
e a cada aniversario de Maria
três entram na pequena choupana
em festa insana e profana
somente mãe e filha saem de lá
vingança, saciedade e paz pela eternidade
ou até outro agosto chegar
Por Tânia Souza
foi num agosto qualquer
madrugada áspera nascia
aquela miúda Maria
de um grito seco veio ao mundo
bem filha de seu avô
aquele pequeno fruto de dor
não era um sonho realizado
numa pequena choupana
vinha ao mundo
teve primeiro leito
em trapo imundo
uma pequena vida
alma solitária e faminta
que de triste e aflita
cobraria o preço
de tão cruel desapreço
a mãe tão menina
com fome frio e doentia
fitava os seios quase infantes
vazios de afeto e seiva
e no coração ferido
da infância roubada
tremia de medo do ser que lhe oprimia
e piedade pela pequena Maria
e por 12 noites elas choravam
mas quando a sexta 13 chegou
na madrugada fria
a antiga fera despertou
com sede, lascívia e crueldade
mas o anjo sombrio o aguardava
e na foice afiada
por fim o silêncio sobreveio
e mãe e filha enfim adormeceram
descobriram rubro alimento
na seiva daquele que lhes fora tormento
a lamina afiada descobrira
alimento por muitos e muitos dias
e de tão rubro sabor
este vicio seguiriam por toda a vida
e a cada aniversario de Maria
três entram na pequena choupana
em festa insana e profana
somente mãe e filha saem de lá
vingança, saciedade e paz pela eternidade
ou até outro agosto chegar
Por Tânia Souza
Re: Sexta-feira 13 - Desafio Poético
De treze às sextas aquela era a última
Pois não mais se veria a luz do sol
A cruz de São Jorge tremularia uma última vez
Manchada pelo sangue dos monges
Derramados pela inveja, ganância e difamação
E caiu uma estrela
E alguns dizem que era a própria lágrima de Cristo.
Pois não mais se veria a luz do sol
A cruz de São Jorge tremularia uma última vez
Manchada pelo sangue dos monges
Derramados pela inveja, ganância e difamação
E caiu uma estrela
E alguns dizem que era a própria lágrima de Cristo.
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